terça-feira, 28 de outubro de 2014

Salão de SP: Mitsubishi apresenta Lancer nacional mais barato

Sedã será produzido em Catalão (GO) e não tem mudanças mecânicas. 
Pajero Full passa por leve reestilização.

André PaixãoDo G1, em São Paulo
A Mitsubishi mostrou na abertura do Salão de São Paulo nesta terça-feira (28) duas novidades. A primeira é a versão “nacionalizada” do sedã Lancer. Ele chega praticamente sem alterações visuais em relação ao modelo produzido no Japão, apenas com rodas de 18 polegadas redesenhadas e um novo aerofólio, nas versões GT e AWD.
Porém, custará menos do que a importada, cerca de R$ 1 mil por versão, diz a marca.

Veja os preços:
- Lancer 2.0 MT (câmbio mecânico): R$ 66.490
- Lancer 2.0 CVT (câmbio automático CVT): R$ 72.490
- Lancer 2.0 GT: R$ 83.990
- Lancer 2.0 GT AWD: R$ 97.490
A marca anunciou ainda que, a partir de novembro próximo, 85% dos veículos Mitsubishi vendidos no país serão nacionais. Com a inauguração da linha de pintura da fábrica de Catalão (GO), a produção saltará de 50 mil para 100 mil unidades ao ano.
"Com a produção local, temos mais flexibilidade para adaptar o carro para o gosto do brasileiro e criar séries especiais", disse Robert Rittscher, presidente da marca no Brasil.
Mais do Lancer
No interior, o Lancer brasileiro tem a nova central multimídia com tela de 7 polegadas sensível ao toque. Ela traz conexão via Bluetooth, entradas USB, SD e auxiliar e reprodução de CD e DVD. O equipamento ainda exibe informações de condução, como bússola, inclinação lateral e altitude.
Há quatro versões, sempre com motor 2.0 aspirado de 160 cavalos. Elas se diferenciam pelo câmbio (manual ou CVT) ou tração (4x2 ou AWD). Existe também uma mais completa, chamada de GT. São oito cores no catálogo. A expectativa da marca é vender 600 unidades por mês.
Também será lançado o Lancer EVO X, exclusivo para o Brasil, com 340 cavalos e somente 100 unidades à venda. O preço não foi divulgado.
Pajero Full
O outro destaque da marca é o Pajero Full, maior SUV da marca japonesa, que ganhou uma leve reestilização. Na dianteira, concentram-se as maiores alterações. O modelo ganhou luzes diurnas de led, enquanto para-choque e grade foram redesenhados. Na traseira, apenas a capa do estepe ganhou um novo design. As rodas, de 20 polegadas, também são inéditas.
A mecânica não muda: o jipe continua sendo oferecido com motores V6 3.8 de 250 cv a gasolina ou V6 3.2 de 200 cv diesel. O câmbio é automático de cinco marchas, e a tração, sempre 4x4.  Há versões de três e cinco portas.
E o utilitário ASX ganhará uma versão especial para ralis, também mostrada no Anhembi.
Concept GC PHEV
Dotado da tecnologia híbrida plug-in, o conceito GC PHEV, também mostrado no salão, possui um motor V6 3.0 de 340 cv e outro elétrico, de 95 cv. De acordo com a marca, o modelo é capaz de fornecer energia elétrica para uma casa por um dia.
Com tração nas quatro rodas, o GC PHEV é recheado de tecnologias, como controle de cruzeiro adaptativo (ACC), sensores de mudança de faixa e detecção de fadiga do motorista. A grade dianteira é ativa, com abertura variável para melhorar a refrigeração dos motores.
O design, como todo conceito, é futurista – e nesse caso, controverso. Não há espelhos retrovisores. A visão traseira é feita por meio de câmeras. Não há coluna B (central), e a abertura das portas é invertida. O jipe conceitual é uma possível nova geração do Pajero Full.
Pajero Full (Foto: Caio Kenji/G1)Pajero Full (Foto: Caio Kenji/G1)
Carro conceito Mitsubishi GC Phev (Foto: Caio Kenji/G1)Carro conceito Mitsubishi GC Phev (Foto: Caio Kenji/G1)

Impostos: Estados Pagadores x Estados Recebedores

Nova série: “Livre Iniciativa x Intervencionismo”
Saiba se o Estado onde você mora é um pagador de impostos federais, ou um recebedor.
Dos 26 Estados mais o Distrito Federal, 11 são pagadores de impostos federais, ou seja, pagam muito mais do que recebem de volta, enquanto outros 15 são recebedores, ou seja, recebem mais recursos federais do que enviaram em impostos para a União. Os Estados pagadores estão majoritariamente no Centro-Oeste/Sul/Sudeste do país, com exceções a Pernambuco e Amazonas. Os demais Estados são recebedores e chegam a receber quase 400% mais recursos do Governo Federal do que pagaram em impostos ao mesmo. Veja a tabela abaixo:
EstadosPagadoreseRecebedores
Não incluo o Distrito Federal na conta de nenhum dos lados, apesar de aparecer como “pagador”, pois o cálculo dos impostos “pagos” pelo DF entra majoritariamente os “Impostos retidos na fonte” dos funcionários públicos da capital federal. O problema é que há mais funcionários públicos que privados (muito mais e falarei disso em outro artigo) e esses “impostos retidos na fonte” não passam de dinheiro do contribuinte que de outros Estados, que já estava nas mãos do Governo Federal e simplesmente não saiu dos cofres, logo, como pode ser contado como “nova contribuição”? 
Voltando! O que fica claro é o beneficiamento dos Estados que geram menos riqueza e consequentemente menos impostos, em detrimento daqueles que geram mais riquezas e impostos. São Paulo, por exemplo, recebeu menos de 10% em recursos federais do que enviou à União em impostos, ficando com um “rombo” de R$262.167.980.043,23 (essa é a diferença do entre o que o Estado de São Paulo gerou em impostos federais e o que recebeu de volta). Confira abaixo quanto de “lucro” tiveram os Estados recebedores e quanto de “prejuízo” tiveram os pagadores:
RecebedoresxPagadores
Obviamente uma pessoa menos atenta, ou mal intencionada, pode alegar que essa diferença serve para manter a estrutura federal, os serviços como as instituições de ensino federais e “reparar os erros históricos que deixaram os Estados recebedores na miséria”.
Primeiro, é óbvio que os Estados poderiam gerir todos os serviços que hoje são federais com muito mais competência e qualidade se ficassem com a maior parte daquilo que pagam em impostos. Segundo, esses mesmos serviços podem ser supridos com mais qualidade e menores custos pela iniciativa privada, através da desregulamentação da economia e corte de impostos (isenção em setores como educação e saúde) para propiciar a livre concorrência, pois quanto maior fora a concorrência, melhores e mais baratos os produtos e serviços devido à necessidade de competir para obter lucro, sendo a transferência do poder Federal aos Estados e dos Estados aos Municípios o primeiro passo para a facilitação do processo de transferência do sistema intervencionista para o Livre Mercado, pois é mais fácil desregulamentar, isentar e tomar as medidas necessárias se a decisão couber aos Municípios.
A autonomia dos Estados para gerir os próprios serviços e recursos facilitaria a autonomia dos municípios em fazer o mesmo, sendo então o Estado apenas o distribuidor dos recursos recebidos de acordo com o que cada município produziu.
Terceiro! Não há erros históricos, mas governos espoliadores e principalmente coronelismo que deixou tais regiões na situação atual. Não é culpa dos Estados mais ricos e desenvolvidos o subdesenvolvimento dos mais pobres. É uma tática antiga criar bodes expiatórios e colocar a culpa pelo próprio fracasso em terceiros, neste caso, a culpa de pobreza de uns, ser da riqueza de outros. São Paulo, Rio de janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e os demais Estados pagadores não causaram a miséria dos recebedores, sendo destes a culpa por tal.
Enquanto os cidadãos dos Estados pagadores geraram riqueza através da livre iniciativa, dos empreendimentos, das lavouras de café (por exemplo) e depois pelo pioneirismo na industrialização no país, os demais Estados permaneceram nas trevas do coronelismo e assistencialismo falso.
Alguns podem destacar o período da República do Café com Leite, durante o qual Minas Gerais e São Paulo se revezavam na Presidência da República, porém, poucos dirão que antes desse período ambos os Estados já despontavam como potências nacionais e que sua importância econômica justificava tal rodízio. Tanto que durante o período da crise do Café a economia nacional foi atingida e não só de São Paulo, sendo que o Governo na época comprou e queimou toneladas de sacas de café para valorizar o produto. Qual foi então a solução encontrada e aplicada após diversas discussões? A industrialização, levando a mão de obra do campo para a indústria e proporcionando através da experiência nas indústrias a qualificação necessária para futura valorização dessa mão de obra e que permitiu o desenvolvimento posterior do setor industrial brasileiro. Inclusive, foram justamente os barões do café os primeiro a investir na indústria “simples” como de calçados e tecidos, em São Paulo e Rio de Janeiro, com mão de obra dos imigrantes italianos (principalmente) que vieram para inicialmente trabalhar nas lavouras de café.
Depois, durante a Era Vargas (1930/1945), apesar de políticas protecionistas, populistas e regulamentadoras, houve uma melhora na industrialização brasileira, principalmente na região Sul/Sudeste. Neste ponto, volta o questionamento: “Viu só, um sulista beneficiando o Sul/Sudeste e por isso que este precisa ajudar no sustento do Norte/Nordeste”. Ora, porque logo no início da industrialização os coronéis na região Norte/Nordeste não investiram no setor? Eles tiveram a oportunidade e optaram por não fazê-lo, por diversos motivos que vão desde política até desconhecimento. Foi por mérito da região Sul/Sudeste que esta se desenvolveu no período, pois os fazendeiros, cafeicultores, banqueiros, entre outros empresários, não deixaram passar a oportunidade.
Quando Vargas “incentivou” a indústria nacional esta já se encontrava na região Sul/Sudeste, logo, esta acaba beneficiada por mérito de investimentos anteriores e não por um viés político específico. Ao final da Segunda Guerra mundial, a indústria brasileira se beneficia com o aumento das exportações, pois muitos países europeus estavam com suas indústrias arrasadas e novamente se beneficiou a região que já investia no setor há décadas.
Depois, ainda tivemos a abertura do país para o investimento estrangeiro no período de Juscelino Kubitschek (1956/1960), quando grandes Multinacionais como a General Motors e a Ford estabeleceram filias e instalaram montadoras no país, sendo a última instalada em 1957 no Bairro de Ipiranga no Município de São Paulo.
Porque nesse período os governos dos Estados do Norte/Nordeste não atraíram grandes multinacionais? Isso só foi ocorrer muitos anos depois quando o então Governador do Estado da Bahia Antonio Carlos Magalhães (um dos coronéis nordestinos e político que tenho enormes ressalvas) fez algo de certo e conseguiu atrair, em 1971, indústrias para o Estado (apoiado pelo Regime Militar) com destaque para as Petroquímicas na cidade de Camaçari. Antes disso, pouquíssimo havia de desenvolvimento industrial no nordeste, com concentração de pouquíssimas e fracas indústrias na capital do Pará (Belém) (que está mais próxima a região Norte).
Podemos então dizer que enquanto o Sul/Sudeste investia na industrialização desde o final do século XIX e principalmente no início do XX, o nordeste começou a passar pelo processo aceleradamente, em regiões específicas e com ajuda do Governo Federal a partir dos anos 70. Vejam, enquanto a livre iniciativa ajudou no desenvolvimento do Sul/Sudeste, a região Nordeste só entrou na “corrida” através de intervenção estatal. Enquanto o Sul/Sudeste hoje está bem mais desenvolvido e têm os Estados mais ricos da federação, a região Norte/Nordeste é mais pobre, pouco industrializada e conta com a maioria dos miseráveis no país. Isso mostra como a livre iniciativa é quem proporciona o desenvolvimento, enquanto a intervenção estatal gera atraso.
Portanto, o intervencionismo do Governo Federal no Norte/Nordeste é historicamente ruim para a região, exceto quando o Governo Federal diminui o intervencionismo, como ocorreu em Manaus, no Amazonas, com a criação da Zona Franca de Manaus (ZFM) em 1957 e concessão de benefícios fiscais em 1967 que tornaram hoje o Estado em um dos “pagadores de impostos”, ou seja, um dos que gera mais riqueza e impostos do que recebe em troca da União. Nesse caso o Estado ajudou, deixando de intervir e a livre iniciativa pode desenvolver a região a ponto de ser importante para todo o Estado.
Manter essa relação de Estados Pagadores e Recebedores é prejudicial ao desenvolvimento das próprias regiões, pois se retira os incentivos para que elas busquem o desenvolvimento e a geração de riqueza através do próprio esforço a partir do momento em que estão garantidas pela esmola do papai Estado, gerando uma eterna dependência dessas regiões em detrimento de seus cidadãos, principalmente os mais pobres.
Por Roberto Lacerda Barricelli
Revisão do Professor de História Fernando Cunha
Fontes:
- Receita da Fazenda Federal: Histórico de Arrecadação por Estado (2013)-http://www.receita.fazenda.gov.br/Historico/Arrecadacao/PorEstado/2012/default.htm
- Portal da Transparência do Governo Federal (Exercício 2013) -http://www.portaltransparencia.gov.br/PortalTransparenciaListaUFs.asp?Exercicio=2013&Pagina=1
- Sua Pesquisa: A Industrialização no Brasil (Referência) –http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/industrializacao_brasil.htm
- InfoEscola: Zona Franca de Manaus (Referência) –http://www.infoescola.com/economia/zona-franca-de-manaus/
- Instituto Mises Brasil - http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=682

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Roubo de carro na Cidade de Ouvidor

Escrito por: Alex Teto

Esse carro foi roubado ontem na cidade de Ouvidor GO por volta das 19:40. Os bandidos tomaram sentido a Cidade de Ipameri GO, quem souber do paradeiro desse veiculo, favor comunicar a polícia 190. 
O veículo GOLF 2.0 Placa AFV-0042 COR BEGE.


Realmente a Cidade de Ouvidor-go já não é mais a mesma, com desenvolvimento da Cidade aumenta também o crime a Cidade conta só com uma viatura policial para fazer o patrulhamento.

Se a Cidade Cresce deve-se aumentar a segurança pública afim de evitar dar mais segurança aos moradores da Cidade de Ouvidor-Go.

  

domingo, 26 de outubro de 2014

O homem da notícia

Apresentador e jornalista Jackson Abrão completa 50 anos de carreira em trajetória que se mistura com a história da TV Anhanguera
Escrito por: Jornal O popular
Jackson Abrão
“Jackson Abrão, comentarista da TV Anhanguera : 50 anos dedicados ao jornalismo, comemorados neste mês de outubro”
A voz mais marcante do jornalismo goiano se cala diante do aparelho de TV. Jackson Abrão está na sala que ocupa ao lado da redação da TV Anhanguera. Na tela, novidades sobre a investigação do caso do serial killer de Goiânia. No corredor à frente, produtores, repórteres e editores circulam preparando a nova edição do Jornal Anhanguera 2ª Edição, telejornal que ele conhece bem desde a sua criação nos anos 80. Outra parte da equipe prepara para o dia seguinte o 1ª Ediçãoe o Bom Dia Goiás, matutino do qual Jackson se tornou colunista e comentarista recentemente.
Atento, o jornalista e apresentador não se desliga do que acontece à volta. Ao emudecer o televisor para atender ao POPULAR, não deixa de ficar atento ao que se passa na telinha. As paredes de vidro em frente à mesa também permitem acompanhar a movimentação além dos limites da sala. Sobre a mesa, computador e telefone, uma revista nacional, jornais e o crachá de identificação funcional. Com sua voz e imagem inconfundíveis, sua presença dispensa apresentações pelos corredores do prédio do Grupo Jaime Câmara (GJC).
Até hoje, em qualquer lugar que vai, aliás, Jackson sempre nota olhares convergindo para ele quando pronuncia as primeiras palavras. Olhos alheios buscam identificar pelo espaço algo familiar. O tom grave, que inspira credibilidade, ficou marcado na mente de muitas gerações de goianos a cada “boa-noite”. “Até hoje me surpreendo com o respeito com que me tratam”, diz o jornalista que fora do ar bate papo descontraidamente e sempre aos risos. O que poucos sabem é que a voz – neste mês completando 50 anos de carreira televisiva – nem sempre foi tão grave e solene. “Era fina, irreconhecível”, lembra.

RESPONSABILIDADE
A história da voz de rádio, que depois se tornaria também da TV, começou ainda em Catalão, no Sudeste Goiano, onde nasceu em 27 de julho de 1946. Aos 68 anos, Jackson chegou a um dos patamares mais respeitados dentro de uma redação televisiva: o posto de comentarista. Poucos profissionais alcançam a posição, que, para ele, demanda “muita responsabilidade”. “É preciso fazer isso com informação, equilíbrio e seriedade”, ensina ele, que tem a liberdade de escolher temas, geralmente sobre os assuntos mais quentes e densos do noticiário.
A função foi confiada pela direção do GJC a Jackson quando ele deixou a apresentação de telejornais da casa. A confiança é tamanha que raramente precisa colocar o tema dos comentários em discussão e, mesmo assim, quando acontece, é dele a iniciativa. Algo conquistado por quem desde os 17 anos se acostumou a atuar nas fileiras da informação com responsabilidade. Foi com essa idade que o telejornalista deixou a cidade natal, onde já havia adquirido experiência como radialista, para completar os estudos e trabalhar na capital.
Nesta época, no final da adolescência, a voz da credibilidade ainda dividia espaço no mesmo corpo com a voz “fina, irreconhecível”. “Naquele tempo a característica de um noticiarista era voz grave e boa dicção”, lembra Jackson, que espantava todos quando se sentava em frente ao microfone. “Mas esse não é o vozeirão”, disse certa vez um militar que visitava a sala de Jaime Câmara, um dos fundadores do GJC. O jornalista e empresário, que havia chamado Jackson para apresentá-lo à autoridade, riu e confirmou que se tratava sim do vozeirão. “Foi preciso que eu lesse uma notícia para provar”, recorda-se aos risos.
Também rindo, a voz da credibilidade conta hoje como o tom fino se foi para sempre. “A gente paquerava em uma boate no Centro e numa noite conheci uma moça. Dançamos e conversamos, eu com a voz grossa.” Dias depois, Jackson avistou a paquera na rua, que o cumprimentou. Na resposta, porém, emitiu voz fina. “Ela ficou aos risos”, diverte-se. Reflexo do acontecido ou não – não sabe bem – desde então ele nunca mais deixou o tom grave trancado no estúdio. Estava crivada a marca, que certa vez um atendente definiu, entusiasmado ao reconhê-lo, em palavras marcadas para sempre: “Chegou o homem da notícia.”

Trajetória

Jackson Abrão II
ANOS 1960
■ Um ano após se mudar de Catalão para Goiânia, forma a primeira equipe jornalística da TV Anhanguera em 1964, ao lado de José Divino
■ Cobre a visita dos atores Glória Menezes, Regina Duarte e Tarcísio Meira, do elenco da novela A Deusa Vencida, fenômeno de audiência
■ Acompanha o processo de filiação da emissora, já líder de audiência, à Rede Globo, pouco após a criação da emissora carioca (1965)
■ Participa da transmissão da chegada do homem à Lua (1969)
ANOS 1970
■ Em meio à situação política delicada durante a ditadura militar no Brasil, realiza entrevistas com nomes fortes do regime como os generais Ernesto Geisel e Golbery Couto e Silva
■ Produz reportagem histórica que acompanha o fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira, e o primeiro prefeito da cidade, Venerando de Freitas Borges, em passeio pela capital
■ Participa da criação dos blocos regionais dos telejornais Jornal Hoje e Jornal Nacional
ANOS 1980
■ Faz coberturas que marcam o declínio da ditadura, como uma entrevista com o futuro presidente eleito, Tancredo Neves; o primeiro debate da TV brasileira entre candidatos a governo, com Índio Artiaga e Iris Rezende (1982), e as Diretas Já (1984)
■ Participa da criação dos telejornais locais da emissora
■ Organiza outro debate político, coordenado entre as TVs Anhanguera e Liberal: entre o governador goiano Henrique Santillo e o senador paraense Jarbas Passarinho
■ Participa da cobertura da tragédia do césio 137 (1987)
ANOS 1990
■ Como diretor de jornalismo, coordena trabalhos de grandes coberturas como a visita do papa João Paulo II a Goiânia (1991)
■ Também entra para o currículo a cobertura jornalística de fatos marcantes como a rebelião no antigo Cepaigo (1996)
■ Outra cobertura que coordenou que marcou época: a morte do sertanejo Leandro (1998)
ANOS 2000
■ Coordena trabalhos de cobertura marcantes como a enchente na cidade de Goiás (2001) e o desenrolar do sequestro no caso Pedrinho (a partir de 2002)
■ Atua em iniciativas como o quadro Quero Ver Na TV, resultado do investimento da emissora no jornalismo comunitário
■ Participa do início do processo de implantação das plataforma digitais para a televisão no Estado
ANOS 2010
■ Recebe título de cidadão goianiense pela atuação destacada como repórter, redator, editor, locutor e apresentador (2012)
■ Torna-se comentarista de telejornais da emissora e vira colunista do matutinoBom Dia Goiás

Do som do rádio à imagem da TV

 Jackson Abrão 3
Pouco depois que se mudou para Goiânia para estudar no Lyceu, no final de 1963, Jackson Abrão tratou logo de procurar emprego. Como tinha experiência como locutor de rádio, candidatou-se a duas vagas de noticiarista, uma na Rádio Universitária, emissora da UFG, e outra na Rádio Brasil Central, do sistema público estadual de comunicação. Foi aprovado em ambas. No teste da Brasil Central, que acabou escolhendo, a voz fina de então proporcionou outro episódio que ele relembra aos risos.
Ao chegar ao prédio da emissora e conversar com o guarda, o tom fino chamou a atenção. Do tipo gozador, o vigilante angariou aqui e ali testemunhas para o teste. Ao sentar-se ao microfone e ler as notícias com tom grave e dicção perfeita, Jackson deixou todos boquiabertos. “Eram umas 15 pessoas. Eu era tão inocente, que só depois de muito tempo fui entender tudo.” A atuação, em pouco tempo, chamou a atenção de outro veterano, o jornalista e hoje colunista do POPULAR, Arthur Rezende.
Era julho de 1964, quando Arthur, então na Rádio Anhanguera, sugeriu que Jackson se tornasse locutor da emissora radiofônica do grupo que editava desde 1938 O POPULAR e criara um ano antes a mais nova emissora de TV do Estado. Convite feito e aceito. Satisfeito com o trabalho do locutor, Rebouças Câmara, um dos fundadores do POPULAR, sugeriu a Jaime Câmara que contratasse Jackson também para a TV. “Foi em outubro, por isso conto a carreira a partir desse mês.” A partir de 12 de outubro daquele ano, telespectadores passaram a conhecer o rosto da voz.
Foi na nova função que a informação passou a ser ainda mais importante na trajetória. Na emissora, poucos anos mais tarde filiada à rede nacional da TV Globo, criada em 1965, Jackson tornou-se, além de apresentador, um jornalista comprometido com a apuração de fatos. Praticamente sozinho ao lado de José Divino, que também continua atuando na equipe da Anhanguera, fazia entrevistas, reportagens e compilava informações para ir ao ar na TV e no rádio. “Quando a TV se tornou afiliada da Globo, a Anhanguera já era líder de audiência, porque produzia conteúdo regional e reproduzia os melhores programas de outras emissoras nacionais”, ressalta.

Pelas ruas com Pedro Ludovico

Muito antes de atuar no jornalismo opinativo, no esforço diário para buscar as melhores informações para o telespectador, ao lado de José Divino, Jackson Abrão protagonizou muitos momentos memoráveis. Na ditadura militar, por exemplo, conseguiu feitos como entrevistas exclusivas com nomes poderosos como os generais Golbery Couto e Silva (1911-1987), um dos criadores do Sistema Nacional de Informações, e Ernesto Geisel (1907-1996), que presidiu o Brasil entre 1974 e 1979. “Eram entrevistados difíceis. Falavam pouco e o que queriam”, rememora.
No final nos anos 60, Jackson também participou da transmissão da chegada do homem à Lua. Era 1969 e transmissões via satélite não existiam em Goiânia. Foi preciso um esquema especial de busca das imagens em Brasília, onde era possível captar a transmissão. Dois carros foram destacados. Enquanto um esperava, outro trouxe à cidade a primeira metade do conteúdo, o que fez aTV Anhanguera transmitir as cenas com horas de vantagem à frente da concorrência. “Não havia som e tínhamos que fazer o off (voz que narra a matéria), ao vivo. Sou da época do filme mudo e cheguei à era digital”, brinca.
Uma das grandes reportagens que guarda com carinho, ainda na década de 1970, foi com Pedro Ludovico Teixeira (1891-1979), criador de Goiânia, e Venerando de Freitas Borges (1904-1997), primeiro prefeito. A ideia era registrar um passeio dos pioneiros pela cidade, 40 anos após a fundação. Era um tempo delicado da política e Jackson ficou dois anos em negociação. Quando conseguiu, levou a história a Jaime Câmara, que lhe deu anuência para colocar no ar. Foi um sucesso. “Esta empresa permite mesmo que façamos jornalismo. Não quero fazer média, mas não é assim em todo o lugar. Pra mim isso sempre foi o mais importante”, elogia.

Eleições 2014: Marconi Perillo (PSDB) é reeleito governador de Goiás e Dilma (PT) supera Aécio

Escrito por: Badiinho Filho 
Marconi Perillo
“Marconi Perillo (PSDB) foi eleito para o seu quarto mandato de governador de Goiás”
O governador Marconi Perillo do PSDB, foi reeleito no estado de Goiás com mais de 57,44% dos votos válidos, recebendo 1.750.977 votos, contra 42,56% do votos de Iris Rezende Machado (PMDB), que recebeu 1.297.592 votos.
Na grande Goiânia, cidade a qual o candidato do PMDB já administrou, Iris Rezende superou o candidato tucano.
Goiânia
Marconi Perillo (PSDB): 304.265 – 45,02%
Iris Rezende (PMDB): 371.622 – 54,98%

Em Catalão, mais uma vez foi comprovada a insatisfação do eleitor com a atual administração, onde se repetiu o feito do 1º turno e mais uma vez perdeu as eleições na cidade.

Catalão
Iris Rezende (PMDB): 26.511 votos – 56,29%
Marconi Perillo (PSDB): 20.589 votos – 43,71%

Nas demais cidades da nossa região, com exceção de Nova Aurora, Marconi Perillo (PSDB) saiu vitorioso.

Ipameri
Marconi Perillo (PSDB): 8.289 votos – 62,52%
Iris Rezende (PMDB): 4.970 votos – 37,48%

Campo Alegre de Goiás
Marconi Perillo (PSDB): 1.992 votos – 58,99%
Iris Rezende (PMDB): 1.385 votos – 41,01%

Ouvidor
Marconi Perillo (PSDB): 2.192 votos – 50,67% 
Iris Rezende (PMDB): 2.134 votos – 49,33%

Três Ranchos
Marconi Perillo (PSDB): 1.339 votos – 57,62% 
Iris Rezende (PMDB): 985 votos – 42,38%
Davinópolis
Marconi Perillo (PSDB): 1.137 votos – 60,06%
Iris Rezende (PMDB): 756 votos – 39,94%

Goiandira
Marconi Perillo (PSDB): 1.676 votos -53,67%
Iris Rezende (PMDB): 1.447 votos – 46,33%

Cumari
Marconi Perillo (PSDB): 1.004 votos – 55,65% 
Iris Rezende (PMDB): 800 votos – 44,35%

Anhanguera
Marconi Perillo (PSDB): 566 votos – 79,27%
Iris Rezende (PMDB): 148 votos – 20,73%

Nova Aurora
Marconi Perillo (PSDB): 695 votos – 47,02% 
Iris Rezende (PMDB): 783 votos – 52,98%
Dilma Rousseff supera Aécio Neves (PSDB) e é reeleita 
Dilma
A candidata à reeleição do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff foi reeleita com 51,46% (Resultado parcial) dos votos válidos. O candidato tucano segue em segundo lugar com 48,55% (Parcial). Até o fechamento desta matéria, mais de 98.00% das urnas tinham sido apuradas.