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Parque Flamboyant
Parque Flamboyant

Como medida para evitar a proliferação da malária em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde irá analisar amostras de sangue de todas as pessoas que tenham visitado nos últimos 30 dias regiões onde há transmissão da doença ou frequentado o Parque Flamboyant a partir do dia 1º de agosto e apresentado febre, acompanhada ou não dos demais sintomas da doença, como dor de cabeça, calafrios, sudorese, tremores, cansaço e dores musculares.
O chamado Inquérito hemoscópico faz parte do protocolo nacional de combate à malária e foi discutido junto com os técnicos do Ministério da Saúde que visitaram a cidade na semana passada. As pessoas que se encaixem nestas características deverão entrar em contato com o Departamento de Vigilância Epidemiológica, que enviarão agentes de saúde para a coleta das amostras necessárias para o exame, informa a diretora de Vigilância e Saúde da pasta, Flúvia Amorim. “A data de referência foi escolhida com base no primeiro caso notificado, porque os sintomas costumam surgir em no máximo 30 dias. Colocamos mais alguns dias por segurança”, explica.
As residências, escolas e obras da construção civil localizadas em um raio de dois quilômetros do parque também continuarão, segundo Flúvia, a receber visitas dos agentes de endemias. “Eles distribuição material informativo com os contatos da vigilância, já que a manifestação dos sintomas pode ser tardia”.
A primeira paciente a ter o diagnóstico confirmado, no dia 9 de outubro, foi a aposentada Maria de Fátima Ferreira, de 54 anos, que mora em frente ao Parque Flamboyant.
NOVO CASO
A capital goiana já contabiliza sete casos confirmados da doença com transmissão no próprio município, fato que não ocorria há mais de duas décadas. O último caso confirmado, notificado na última quinta-feira, foi o de uma adolescente que estuda em uma escola próxima do Parque Flamboyant e é frequentadora assídua do local. “Ela mora em Aparecida de Goiânia, apresentou sintomas e buscou atendimento médico, onde foi diagnosticada. Não precisou ficar internada e está fazendo o tratamento em casa”, contou Flúvia.
O caso do bebê de 8 meses de idade, morador de Aparecida de Goiânia, e que poderia ser o primeiro caso autóctone sem ligação com o Parque Flamboyant ainda está em investigação. Segundo a diretora, eles aguardam os resultados de novas coletas feitas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen). O menino está internado no Hospital de Doenças Tropicais (HDT).